• Compte-rendu de concertpar Pedro Tavares sur Rua de Baixo (Mars 2013)
Luta entre dois pólos conduzidos pela criatividade
A actuação do trio Eve Risser, Benjamin Duboc e Edward Perraud, que teve lugar a semana passada no Pequeno Auditório da Culturgest, era aguardada com bastante expectativa. E não era para menos, tendo em conta a opinião especializada de grande parte da imprensa de jazz internacional, que considera a pianista Eve Risser como uma das figuras do ano de 2012 e o álbum “En Corps”, gravado pelo trio na Dark Tree Records, como álbum do ano de 2012.
Num registo musical totalmente improvisado, tal como acontece em “En Corps”, o trio soube conduzir de forma magnífica o concerto em cada momento. Assistiu-se a uma espécie de luta entre dois pólos, conduzidos pela criatividade, com Eve Risser no piano e Edward Perraud na bateria. Os dois gladiaram-se entre si e com a música, numa abordagem cuidada e meticulosa, experimentando e extraindo sons e texturas de grande qualidade e muito interesse, e mostrando outras formas de se tocar um instrumento.
Se, até há bem pouco tempo, Risser era uma ilustre desconhecida, o mesmo não se poderá dizer de Perraud, que tinha já deixado as melhores impressões na última edição do Jazz em Agosto, onde esteve presente com o grupo Das Kapital. O baterista foi seguramente a figura mais visível e marcante do concerto pela sua atitude enérgica e expressiva. Tanto a segurar, como a marcar a cadência, ou mesmo a equilibrar as tensões geradas nas extremidades, esteve o contrabaixo de Benjamin Duboc.
Um grande concerto que, tal como o disco, gostaríamos que tivesse durado mais…
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